domingo, 16 de novembro de 2008

Fa Ce


O Corpo em pouco,
Cabelo em seio,
Seios, Mão, CARNE, prazer
Externo interior, FACE
olhos mudos, VISÃO.



MÁSCARA, pele, proteção
maquiagem, deliniador, plástico

ardor,carne viva, alimento, predador.
Rosto em fosco, fedor em nariz
Sexo em boca, cuspe em alma.
CÍLIO, sobrancelha, infecção
Carinho, beleza, sistema, DINHEIRO
Carência, Solidão, lágrima em olho
Olho em lágrima...


... o rosto também é pouco.

'O corpo ainda é pouco'

Esteve no quarto uns 10 dias, ao menos foi o tempo que tinha calculado.
A mão era tensa, pouco verde-cinza, e os olhos vidrados no sexo exposto
Corpo magro, em contato com o sujo do quarto, de tão sujo nada se via, nada se vida, era quarto liso de parede lixada, sem móveis, sem cômodos, com um corpo minguante e sem alma.

No primeiro dia de estadia lá, a alma resolveu fugir do ambiente pesado e cheio de arestas;chorava sempre pontualmente, deixava o corpo masculino gozar, gozar o vômito. Era sistemático, acordava pontualmente sem relógio algum, arrumava os números na cabeça e externava nas paredes. O corpo se tornara pesado, um fardo insuportável para o quarto, o corpo abrigava o quarto, quarto verde porém vazio.

No décimo dia a água acabou, a cabeça de tão pesada resolveu separar-se do corpo, e o corpo mole levantou, as mãos trêmulas substituindo os pés, o rangir e a porta se abriu...e ao deixar o quarto renunciara a si, como se um prato resolvesse deixar a comida, enfim nascera.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A mortalha do amor, adeus.


Meu corpo é elástico, do tipo de elasticidade que atinge a alma e molda-se. Me adapto aos meus próprios burracos e confesso: me morro muitas vezes ao dia, meus cadáveres deixo pra trás, vomito meus fardos, a sujeira é exposta, nojenta mas limpa.

O meu gostar é diluido em água, meu amor, meu carinho...
Uns tenazes portadores, sopram o pó, que voa, se expande no universo.


Seria egoísmo demais, guardar tanto amor que tenho dentro de mim


AB sor VIDA

sábado, 1 de novembro de 2008

Insustentável


- Como você se sente?
- Pesada...


(...)


é como torna-se leve demais, e sumir




sem voar.