sábado, 20 de dezembro de 2008

Desencanto.



Haverá o dia que encantar-se não compensará o desencanto
Sei porque hoje isso me dói, é sentir o peito como chuva que seca ao ar vivído do sol, o sol vivente, eu, chuva secante, chuva morrente...
Peço ao corpo que pare... toda eu me é só uma... Entre tantas curvas, me encanto, e ao aproximar do corpo denso... se vai alma.
é lidar-se entre os seus mais vívidos pontos, com sua metade em putrefação.

Como uma bola de assopro em festa de criança, as cores mais ardentes, das formas mais bonitas...uma hora poca-se e se esvai, torna-se completo vazio, como vazia já era ao adentra-se em sua essencia.

3 comentários:

Lucas Santana disse...

encantar e desencantar-se
o sol que seca é o mesmo que nos traz a chuva.

que seja tudo um ciclo.

Débora Hütz disse...

ainda assim, prefiro o desencanto à decepção... ;~

Two Wrecked Minds Full of Thoughts disse...

Espero que esse dia triste demore a chegar, ou melhor, que ele nunca chegue, pois, não só o encanto não terá sentido, como também a própria vida, o encantar-se a todo instante, não terá sentido. Nesse dia, fatalmente, o não-ser será preferível ao ser, se é que este ainda terá alguma condição de existência. Que esse dia não chegue, então! Mas algo me diz para não me surpreender quando - e se - ele chegar. Que eu esteja morto quando ele vier...