segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


Exisitia um moço, o moço existia
Morreu.

Afogado em afagos.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Hello Stranger



Prefiro os estranhos. É de conforto gigante em saber que estás completamente lacrada dentro de si, que ninguem lhe pertuba e nem irá. Gosto dessa sensação estranha de ser comida pelas beiradas, como um prato quente, que arde, arde, arde... ARDOR.
Sou como repelente, entre as minhas principais características só sei repelir...
e como me sinto triste nesse fardo de ser repelente aos demais insetos próximos.Não tenho cheiro, jorra do meu sangue até a pele. Assasino os carinhos, e guardo as mortalhas.

Os estranhos porém só beliscam o meu exterior, devoram a carne, os pedaços vomitados do que sou...colam minhas partes e constroem meus desenhos, mais bonitos, mais vívidos, menos repugnantes.Ah se todos os estranhos que me rondam soubessem, o tamanho do carinho que guardo em mim.

Sou mulher transparente,coberta de vazios, nesse curto espaço do que não existe, sinto-me só.
afetos se vierem, por favor, vão logo, minhas raízes não se fixam em solo algum.
e se um dia houver amor, que fique.


cansei de joga-los aos montes nos baldes das mortalhas...
de estrelas que brilham, ao menos levo uma cheia de arestas no meu peito cansado de regurgitar.


"Alice: É o único jeito de deixar "Não te amo mais, tchau!"
Dan: E se você ainda ama a pessoa?
Alice: Você não deixa!
Dan: Você nunca deixou alguém que amasse?
Alice: Não."


Closer.



'Sou uma mulher de tristes palavras.De que era que tinha tanta...






tanta culpa'

domingo, 15 de fevereiro de 2009


"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos"

Caio F.

Com toda a licença Caio F, preciso tirar "coração" dessa sentença.
o amor para quem eu escrevo transcede o carnal, a veia, o palpável...
Com toda a ousadia, reescrevo...

Na minha memória - tão congestionada - e na minha alma - tão cheia de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos

Vômito. (2)


Meu peito porta mil e tantos cavalos calados, eis que se postam correndo, fazendo jorrar.
Um sorriso que aquece, que completa, um peito (como o meu) dilatado com espaço pra tantos amores espirituais, cheios em si por essência.
Meu peito seco, durante tantas épocas tão vazio... sente-se tão alegre, com os dentes tão expostos..por conseguir(teu) afago. São os átrios que respondem,em uma ponte sanguinea, forte em si, que leva, e rega, as mil flores que me faz brotar, ou que faz arder, secar.
A solidão , que leva por mim um amor maternal, está colada ao meu muco como uma segunda pele... grossa e espessa...

...mas você rompe, corrompe, penetra na minha solidão, mudo.
Em amor que transborda por entre peles, suor e sexo.
me confunde em que corpo agora existo.

Do catarro à saliva.

Pleno corpo, plena alma, em plenas mãos.

Em suma: sou vomito multicolorido, reviro as estranhas.
O amor em matéria bruta.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

tum tum tum tum


"Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa..."

Buarque,Chico.