terça-feira, 14 de abril de 2009
Xênia, Ohio
Se está seco é porque um dia chegou a transbordar, na rua não há nada, senão o nada
Construir casulos;minha vida não depende de mim, nem a nossa depende de nós, andam por aí nos mastigando, uma espécie de orgia espiritual, um fragmentar da alma em mil pedaços, para ser digerida pelos cocos, pelas beiradas tangentes...
cada um com seu brilho difuso, nunca completo, nunca brilhante em demasia, cheios de vazios preenchidos de ausência...até minhas verdades, minhas palavras ao meio juntapostas, nunca conseguirão ser plenas... nem os pedaços de lágrimas em completo serão sinceros... é o acoplar, o juntar de tudo em nós. O ser e o nada em uma igualdade crua, Satre em seu bem dizer.
Eis minha verdade absoluta: todo ser humano é vazio.
Vazio santo...
E o que seria de nós se o homem fosse pleno?
se os átomos em teorias arcaicas fossem mesmo tão juntos, sem nenhum vão, em vão.
E o paradoxo-alicerçe alimenta, o vazio nutre a alma porque o vazio não é vácuo...
o vazio é limpar-se, encaixar-se, em si... como um fruto oco, porém não menos saboroso, este deve se postar triste por ser empanturrado de coisas moribundas...
O vazio é também depósito de tristezas.
As cidades,ah... 'aglomerada solidão' tão vazias...
Lembar de expremer e beber meu suco todos os dias, sou densa, meus vazios florescem.
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