terça-feira, 30 de setembro de 2008

Vômito.



Pra vomitar todos os ardores:

Sou cinza, e como lebre sou delicada e veloz, tenho traços rudes, pouco feios, nariz em descompasso com os olhos meio mortos, meio tristes.
Por completo sou como Frida, ainda que menos resitente e mais quebrável, mas em expectro,a dor.
dor do sensível, e do acoplável, a dor de solidão em companhia. Ainda que tivesse mil homens, mil pênis companheiros, me postaria de interior seco, como o espirro de uma gripe que o muco já foi varrido, sugado.

Aqui estou nua, postada na frente de todos, com voz engolida e carisma guardado, só estou, estou como quem vive, estou como quem passa, estou como quem é. Tenho arranhões a beira peito, e lágrimas quentes pra acalmar o seco, o sorriso é amarelo mas está a polir, a insanidade dos fatos que me rodeiam são caverna, e eu estou medo de chegar a luz.

Sou como uma concha de um caracol de área restrita, estou como números perdido em curvas, e tenho o infinito presente em suas matérias.

Que me leve a vida, e que não me faça regressar, tenho asas mas são leves.

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