terça-feira, 24 de março de 2009

Purpurina.

Nua, caminhava como se nenhum pano fosse capaz de cobri-la, seus poros falavam. Era do tipo de mulher intensa, sem cobertores, ou aperitivos sexuais para modelar a face, caminhava invisível entre as mulheres "brilhante"s que brilhavam somente porque entre os peitos murchos, de existência medíocre, estava contido brilhos e purpurinas; matéria bruta degradada
Ser invisível é ser sucetível aos pisões, uns pisões que arrancam a carne, e expõem a derme aos ardores humanos. Os invisíveis amam,amam porque não há nada deles há não ser amor. As brilhantes dizem amar, e levam consigo as mortalhas.

Ah, como é triste carrega-las no peito.

Em mim só há reflexo de alma, entre os nuances pálidos transparentes do meu rosto, tranpiram o existir dela em mim, sou quase invisvível em totalidade, o esbranquiçado que resta, foi corrompido. Tenho futilidades externas, que pesam no meu penar.
Levo no meu peito, vários nuances, vomitos sinceros que não pesam, apenas nutrem meus laços desnutridos. Ele, nuance vital do meu peito mediano, absorvia a beleza das tais mulheres 'brilhantes'...e durante muito tempo tentei considerar uma não-verdade. mas estavam ali todas as palavras ditas e repetidas, e meu asco aumentando a cada silaba dita. Como poderia admirar-se perante tanta face coberta, tanta carne indigesta?

A alma não é lama.

Aqui jaz meu ego trucidado.